quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Avaliação do legado



No ano passado, Todd Wagner e sua esposa falaram para um grupo de pais no tema "deixando um legado piedoso". Durante as mensagens, eles falaram sobre algumas perguntas que fazem aos seus filhos, perguntas que lhes dão um feedback para ajudá-los a mensurar como eles estão como pais, uma espécie de autoavaliação.

Eis as perguntas:
  1. Quais são as três coisas que mamãe e papai mais são apaixonados por?
  2. O que é que nós fazemos em família que você seguramente fará quando tiver a sua própria?
  3. O que é que nós fazemos em família que definitivamente você não fará com a sua?
  4. O que você mais gosta em ser um Wagner (sobrenome da família)?
  5. O que você menos gosta em ser um Wagner?
  6. O que você gostaria que nós fizéssemos mais como seus pais?
  7. O que você gostaria que nós fizéssemos menos como seus pais?
  8. Numa escala de 1-10, que nota você daria pelo nosso amor por você?
A ideia é boa. Seja sábio ao usá-la!

Fonte: Watermark.com



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Como ajudar o seu filho ler com discernimento




 
"Mãe, eu estou sem livros para ler novamente."

"Sério? Não lhe dei um há poucos dias? "

Meu filho é um leitor voraz. Ele puxou a mim. Quando criança, muitas vezes eu fiquei acordado até tarde da noite só para ler mais um capítulo. Sou grato pelo gosto de leitura que ele tem, mas muitas vezes eu não consigo acompanhar seu apetite.

Quando meus filhos estão fisicamente com fome, eu às vezes lhe dou qualquer coisa que eu posso encontrar para aumentar o açúcar no sangue e eles pararem de choramingar. Mas quando se trata do apetite de meu filho para os livros, eu não consigo lhe dar qualquer coisa para ler. Alimentos pré-embalados e uma boa refeição caseira irão igualmente encher a barriga, apesar do último ser melhor para o corpo. Quando se trata de alimentar o desejo do meu filho de ler, eu quero lhe dar o que é saudável para a mente, coração e alma.

Uma seleção de bons livros para os nossos filhos lerem é importante para o seu crescimento na fé, assim como para sua alfabetização, conhecimento ea vida emocional. Ensiná-los a como fazer por si mesmos é ainda melhor.

Uma vez eu fiz uma lição para ajudar os meus filhos a entenderem como eles precisam processar o que eles aprendem, seja de livros, televisão, internet, amigos ou da escola. Usando uma peneira colocada sobre uma tigela, derramei tomates enlatados. Eu disse a eles que a peneira (filtro) representa a Palavra de Deus, ea comida enlatada é o que eles aprenderam. Eles têm que filtrar tudo o que aprendem através da Palavra de Deus. Aquilo que permaneceu no filtro era a verdade, mas tudo o que foi para a tijela era falso. Os livros que nossos filhos lêem precisam ser avaliados por meio de nossa cosmovisão bíblica.

Então, como é que nós, como pais, determinamos o que é um bom livro para os nossos filhos para sua leitura?

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O que acontece quando você fica elogiando a inteligência de uma criança

Gabriel é um menino esperto.
Cresceu ouvindo isso.

Andou, leu e escreveu cedo.

Vai bem nos esportes.

É popular na escola e as provas confirmam, numericamente e por escrito, sua capacidade.

“Esse menino é inteligente demais”, repetem orgulhosos os pais, parentes e professores. “Tudo é fácil pra esse malandrinho”.

Porém, ao contrário do que poderíamos esperar, essa consciência da própria inteligência não tem ajudado muito o Gabriel nas lições de casa.

- “Ah, eu não sou bom para soletrar, vou fazer o próximo exercício”.

Rapidamente Gabriel está aprendendo a dividir o mundo em coisas em que ele é bom, e coisas em que ele não é bom.

A estratégia (esperta, obviamente) é a base do comportamento humano: buscar prazer e evitar a dor. No caso, evitar e desmerecer as tarefas em que não é um sucesso e colocar toda a energia naquelas que já domina com facilidade.

Mas, como infelizmente a lição de casa precisa ser feita por inteiro, inclusive a soletração, de repente a auto-estima do pequeno Gabriel faz um… crack.

Acreditar cegamente na sua inteligência à prova de balas, provocou um efeito colateral inesperado: uma desconfiança de suas reais habilidades.

>> Continue a leitura em Update or Die (clique).

domingo, 11 de agosto de 2013

As últimas palavras de um pai em seu leito de morte (1Rs 2.3-9)

Por T. Zambelli
Baseado no estudo, nas palavras e expressões de Paul Tripp (David's Dying Words)
Fonte: Todah Elohim



Pense por um momento: se você estivesse em seu leito de morte, com seu(s) filho(s) em pé ao seu redor, o que você diria?
  • “Filho, eu me esforcei ao máximo para ser um bom pai. Perdoe-me pelo o que eu não consegui fazer por você.”
  • “Filho, não se case com Joana.”
  • “Filho, a senha do meu e-mail é ‘Jesus!’”
  • “Filho, aqui está a chave do meu carro.”
  • “Filho, a mamãe ainda não sabe, mas você tem outra família...”
Seguramente este é um momento singular e é bem provável que até hoje você nunca tivesse pensado nisso. Na Bíblia, o escritor do livro de Reis nos conta a história do caso de Davi. Vejamos o que ele disse a Salomão em seu leito de morte (1Rs 2.3-9).

1. Força e masculinidade
Seja forte e seja homem (v.2).

Primeiramente, deixe-me dizer o que Davi não está dizendo: “Mostre a todos que ninguém levanta mais peso do que você, fale grosso, beba e não caia, deixe a barba crescer, intimide as pessoas com sua presença.” A definição de Davi para força e masculinidade não tem a ver com a figura de um “macho-man.”

Davi conhecia a correta perspectiva sobre ser um homem, um homem forte. Foi ele quem disse o Senhor é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, e dele recebo ajuda (Sl 28.7 – grifo meu). Davi reconhecia que a força de um homem tem total relação com Deus.

Mas Davi não era alguém simplesmente informado sobre a teologia da força. Ele verdadeiramente viveu o que conhecia: O Senhor que me livrou das garras do leão e das garras do urso me livrará das mãos desse filisteu (1Sm 17.37 – grifo meu).

Davi queria que seu filho Salomão, o novo rei de Israel, tivesse certeza de onde encontrar a verdadeira força e masculinidade: em Deus.

2. Obedeça os preceitos de Deus
Obedeça ao que o Senhor, o seu Deus, exige: Ande nos seus caminhos e obedeça aos seus decretos, aos seus mandamentos, às suas ordenanças e aos seus testemunhos, conforme se acham escritos na Lei de Moisés (v.3).

E para encontrar e entender essa força e masculinidade era preciso Salomão se atentar à aliança de Deus. Paul House escreveu: “De acordo com Davi, Salomão somente seria forte e um homem se ele preservasse a aliança mosaica. Ele devia se empenhar para obedecer o que Deus exige. Essa obediência dos padrões de Deus deveria amadurecer para um estilo de vida, um andar nos caminhos do Senhor. Como alguém alcança este estilo de vida? Absorvendo os vários elementos da Lei de Moisés.”[1]

Semelhantemente, Constable disse: “Salomão foi encorajado em ser forte e manter a Palavra do Senhor. Ele devia se portar como um homem ao ser valente, em defender o que era certo e se colocar contra o que era errado. Ele devia observar o que o Senhor exigia no sentido de obediência a Yahweh.”[2]

Salomão foi chamado por Deus para ser Rei de Israel. Como cabeça da nação divinamente escolhida, a melhor escolha era conhecer Aquele que o chamara e como desenvolver o serviço que lhe era devido.

E você, qual o seu chamado/vocação? Prefeito? Pedreiro? Político? Padeiro? Pedicure? Pizzaiolo? Policial? Preparador físico? Produtor rural? Professor? Pastor? Psicólogo? Dentre todas essas opções que eu creio ser também pessoal, Deus nos chamou soberanamente para sermos seus filhos[3] e, como tal, temos obrigações a cumprir com Ele. Como seremos fortes se não conhecermos a origem da força? Se não nos conhecermos segundo Aquele que nos criou? Para cumprir bem o nosso papel de filho de Deus, precisamos nos atentar e guardar o que Ele propõe (e já propôs).

3. Observe a recompensa
assim você prosperará em tudo o que fizer e por onde quer que for... (v.3).

Davi era um pai que conhecia os resultados de pisar fora dos caminhos do Senhor. Apesar do perdão de Deus, Davi colheu frutos amargos pelas equivocadas escolhas.[4] Seu desejo, como de todo pai piedoso, era que seu filho não experimentasse destes mesmos frutos, ao contrário, que Salomão persistisse nas recompensas da obediência, de guardar as exigências, os decretos, os mandamentos, as ordenanças e os testemunhos que constam nas Escrituras.[5]

Davi não somente conhecia os frutos amargos, mas os doces, frutos que Deus nos dá em recompensa pela nossa obediência. Sim, Deus também nos dá conforme andamos de acordo com Sua vontade.[6] Mas atenção e não confunda, a correta perspectiva de felicidade, de prosperidade para Deus, é totalmente diferente da perspectiva humana e carnal. Foi Deus, como Criador, que definiu os verdadeiros parâmetros da alegria. Fora de Deus ninguém poderá ser genuinamente próspero. Ser feliz é possível quando reconhecemos que Deus é tanto o caminho quanto o fim deste objetivo. Reflita: ser perseguido, insultado e caluniado por causa de Cristo é característica de alguém feliz para você? Seguramente é para o Messias (veja Mt 5, o sermão do monte).

Nunca negligencie o conhecimento das Escrituras. Ele é a base para discernirmos a vontade de Deus que, a rigor, nos mostra que o caminho da satisfação humana, aquele pleno prazer, tem Deus como meio e fim de uma busca. Deus é o alvo, mas também o meio para acertarmos este alvo: eis a orientação de Davi para Salomão.

Persista em buscar as recompensas de Deus. Foi proposta dEle o processo meritório de felicidade. Ao buscarmos o alvo correto pelos meios corretos, garantias de bênçãos são dadas pelo justo e benevolente soberano Senhor.

4. Viva para além de si mesmo
e o Senhor manterá a promessa que me fez: ‘Se os seus descendentes cuidarem de sua conduta, e se me seguirem fielmente de todo o coração e de toda a alma, você jamais ficará sem descendente no trono de Israel’ (v.4).

É muito difícil vivermos uma vida além de nós mesmos. Pessoalmente, todos os dias penso muito em mim mesmo, nas minhas necessidades, nos meus sentimentos, nos meus planos.

Imagino e creio que não sou o único que acorda de manhã e não pensa imediatamente nos grandes propósitos do Reino de Deus. Foco minhas orações nos MEUS afazeres, nos MEUS compromissos e na MINHA obediência e dependência de Deus. Mas Davi quer que seu filho Salomão perceba que ele precisava viver além de si mesmo, observando, em especial, a conduta de seus filhos e filhos de seus filhos.

Estou convencido que filhos de crentes não nascem crentes. No entanto, homens piedosos são abençoados por Deus, que converte seus corações e mudam seus paradigmas sobre Jesus (arrependem-se) tornando-se filhos do mesmo Pai. Note bem, homens PIEDOSOS! Isso significa homens que reconhecem a mão do Senhor em suas histórias, que praticam, começando em suas famílias, o discipulado.

Em suma e numa paráfrase, eu diria que Davi falou: “Salomão, Deus está de olho em você e toda sua prole. Não se esqueça de suas responsabilidades para com eles, fundamentada na responsabilidade que você tem com Ele.”

5. Discirna o mal e o bem e aja sabiamente
"Você sabe muito bem o que Joabe, filho de Zeruia, me fez; o que fez com os dois comandantes dos exércitos de Israel, Abner, filho de Ner, e Amasa, filho de Jéter. Ele os matou, derramando sangue em tempos de paz; agiu como se estivesse em guerra, e com aquele sangue manchou o seu cinto e as suas sandálias. Proceda com a sabedoria que você tem, e não o deixe envelhecer e descer em paz à sepultura. "Mas seja bondoso com os filhos de Barzilai, de Gileade, admita-os entre os que comem à mesa com você, pois eles me apoiaram quando fugi do seu irmão Absalão. "Saiba que também está com você Simei, filho de Gera, o benjamita de Baurim. Ele lançou terríveis maldições contra mim no dia em que fui a Maanaim. Mas depois desceu ao meu encontro no Jordão e lhe prometi jurando pelo Senhor que não o mataria à espada. Mas, agora, não o considere inocente. Você é um homem sábio e saberá o que fazer com ele; apesar de ele já ser idoso, faça-o descer ensanguentado à sepultura". (vv.5-9)

Acredito serem desnecessários os esforços de teólogos e pregadores para minimizar o teor de vingança apresentado no texto. Evidentemente, equilibrar perfeitamente a satisfação de vingança e recompensa e os reais perigos à dinastia apresentados por Davi parece impossível. No entanto, a orientação do pai Davi a seu filho Salomão não tinha como foco reconhecer esta harmonia, mas, nas palavras de Paul Tripp:

“Eu resumiria a quinta orientação de Davi a Salomão assim: lide definitivamente com o que é mau e seja rápido para premiar o que é bom. Joabe era um homem sedicioso e um assassino; o mal precisava ser tratado. Simei era um homem que tinha amaldiçoado Davi; isso precisava ser tratado. Davi está dizendo a Salomão: ‘Não se relacione com estes do mal. Não deixe que esse mal comece a infectar o seu reinado. Não dê abertura para ser influenciado no conselho desses homens. Esse mal precisa ser tratado, e de forma definitiva’”.[7]

Ainda que as orientações fossem desejos reais do rei Salomão em seu leito de morte, o agir cabia exclusivamente ao sucessor do trono, Salomão. Era ele quem deveria prezar e avaliar as palavras de seu pai e proceder segundo seu juízo. O próprio pai reconhecia ser seu filho capaz desta avaliação: Proceda com a sabedoria que você tem (…) Você é um homem sábio e saberá o que fazer com ele.

Ensinar a discernir entre o certo e o errado é primariamente uma tarefa dos pais. Conhecimento das Escrituras é sempre necessário e felicidade é o resultado de uma boa decisão: Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! (Sl 1.1 NVI- grifo meu.)

Conclusão

Quando este fato histórico ocorreu, Davi tinha 40 anos de experiência como rei. Apesar do famigerado rei não ter sido apresentado nas Escrituras como exemplo de pai (cf. 1Rs 1.6), suas palavras revelam genuínos desejos de sucesso para seu filho. Todavia, um sucesso que fama, poder e beleza não serviam para ressaltar a vida de um homem, mas as obras de um soberano Deus, cujos poderes de salvação e perdão deram eterna alegria a Davi. Paulo, citando Davi, escreveu: "Como são felizes aqueles que têm suas transgressões perdoadas, cujos pecados são apagados. Como é feliz aquele a quem o Senhor não atribui culpa". (Rm 4.6-8 NVI).

Continuo orando para que todo pai conduza seu(s) filho(s) às verdades de Deus, em especial, na pessoa e obra de Jesus Cristo, o Evangelho da salvação.



[1] House, P. R. (1995). 1, 2 Kings. The New American Commentary (Vol. 8, p. 96). Nashville: Broadman & Holman Publishers.
[2] Constable, T. L. (1985). 1 Kings. (J. F. Walvoord & R. B. Zuck, Eds.)The Bible Knowledge Commentary: An Exposition of the Scriptures (Vol. 1, p. 491). Wheaton, IL: Victor Books.
[3] Segundo João 1.12, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus.
[4] Adultério e assassinato, como os mais conhecidos.
[5] Note a ênfase de onde encontrar conhecimento a respeito de Deus e a suficiência disso para vida do adorador: na Lei de Moisés, ou seja, a Bíblia daquele tempo.
[6] O que não podemos confundir é que a igreja não está debaixo do mesmo sistema de bênçãos e maldição que Israel.
[7] TRIPP, Paul. David’s diyng words. http://paultripp.com/wednesdays-word. Recebido por e-mail no dia 07/08/2013.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Pais que ensinam seus filhos sobre o verdadeiro discipulado de Cristo



Você já pensou em quanto seu exemplo é assimilado por seu filho para entender o valor de seguir Jesus Cristo?

David Platt, no primeiro capítulo de seu livro, Radical (2010), compartilha exemplos de pessoas que dedicam suas vidas em prol do Mestre Jesus. Algumas palavras são de adolescentes, como de Shan, que reconhece o valor de Jesus e de sua vida. Sua divina compreensão tem como exemplo seus pais:

“Nossas famílias entendem. Nossos pais já foram presos por causa de sua fé e eles nos ensinaram que Jesus vale toda nossa devoção.”


  • Quantos de nós realmente entendemos que nossa vida já não mais nos pertence, uma vez que fomos alcançados pela imerecida graça de Deus?
  • Quantos de nós podemos, à semelhança do que ensina Jeremias, dizer que nosso orgulho descansa em conhecer ao Senhor? (Quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor, e ajo com lealdade, com justiça e com retidão sobre a terra, pois é dessas coisas que me agrado. Jr 9.24)
  • Quantos de nós exigimos que nossos filhos sejam mais piedosos do que algum dia fomos?
  • Quantos de nós podemos levantar as mãos quando questionado: você é exemplo de alguém que carrega a cruz de Cristo para seu filho?

Graças a Deus por exemplos de pais como os de Shan. Que estes continuem a me perturbar.