sábado, 29 de junho de 2013

O ídolo do sucesso

Por Paul David Tripp

Na presença de seu filho adolescente, escutei algo de um pai: “Você sabe como é ir à igreja e saber que todos estão falando sobre seu filho rebelde e orando por ele? Você sabe como é entrar no culto com todos os olhos voltados para você, sabendo que as pessoas ficam pensando no que está acontecendo e se você e sua esposa estão superando?”.

Ele continuou. “Isso não é o que deveria acontecer. Nós procuramos fazer fielmente o que Deus nos chamou a fazer como pais, e olhe só onde acabou! Eu pergunto a mim mesmo, se eu soubesse que tudo acabaria desse jeito, será que teríamos decidido ter filhos? Eu não consigo descrever quão desapontado e envergonhado estou.”

Naquela tarde, com seu filho escutando, aquele pai falou o que muitos pais já sentiram, mas nunca verbalizaram. Nossa tendência é encarar a criação de filhos com expectativas como se tivéssemos garantias inabaláveis. Nós pensamos que se fizermos nossa parte, nossos filhos irão se tornar cidadãos exemplares. Nossa tendência é encarar a criação de filhos com um senso de posse, com um senso de que esses são os nossos filhos e a obediência deles é o nosso direito.

Esses pressupostos pavimentam o caminho para nossa identidade se enrascar em nossos filhos. Começamos a precisar que eles sejam o que eles deveriam ser para que, aí sim, possamos desfrutar de um senso de cumprimento de nosso dever e de sucesso. Começamos a olhar para nossos filhos como nossos troféus ao invés de criaturas de Deus. Secretamente, queremos exibi-los como conquistas de um trabalho bem feito.

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Original: Idol of Success

terça-feira, 25 de junho de 2013

Pai, posso ir manifestar?


A criança desta foto foi, por muitos amigos,
confundida com meu filho.
"Manifestação" é uma das palavras que mais tem aparecido em minhas redes sociais. Acredito ser legítimo protestar, desde que sujeito aos princípios da Palavra de Deus. Para mais detalhes, sugiro  a leitura de um post de Marcelo Berti em Teologando.

Ainda que meu filho não tenha idade para compreender plenamente o que está acontecendo em nossa querida nação brasileira (ele tem 4 anos), quando eu penso em cristãos em manifestações públicas, meu maior temor se baseia nos princípios que esta pergunta levanta: tem meu filho sabedoria para decidir com quem, como e onde andar?

A sabedoria o livrará do caminho dos maus, dos homens de palavras perversas, que abandonam as veredas retas para andar por caminhos de trevas. (Pv 2.13-14 NVI)

Campinas-SP, cidade em que eu nasci, foi à mídia em função da dimensão que a violência atingiu com as manifestações. Sei de alguns amigos cristãos que estavam presentes naquela massa e que não coadunavam com o que um grupo, mesmo que minoritário, fazia. Tanto a mídia quanto os policiais o consideraram farinha do mesmo saco: vândalos.

Logo que eu soube deste triste caso, que infelizmente não foi isolado, pensei num versículo bíblico e, logo em seguida, imaginei uma possível história, um diálogo entre um pai e seu filho:

Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores! (Salmo 1.1 NVI)

- Pai, eu fui lá na manifestação!
- E como foi, meu filho?
- Bem... Fui sozinho, mas logo procurei um grupo que eu me identificasse. Você sabe, né pai? Tinha gente manifestando contra tudo! Até contra o caríssimo preço da Nutella!
- E qual era seu grupo?
- Na verdade, grupos... O primeiro grupo, logo que eu cheguei, assim que viu alguns policiais, já pegou várias pedras nas mãos. Você sabe que eu não gosto de violência, então mal fiquei ali. Alguns metros deste pessoal, tinha outro grupo com muita gente diferente, mas também não fiquei muito tempo. Nunca vi tanto jeito de se fumar maconha na minha vida. Tudo bem que não tenho experiência com isso, mas aquilo me surpreendeu. O terceiro grupo parecia legal. O pessoal era bem inteligente, bastante politizado. Por outro lado, não era nada polido. Sem exagero, mas nunca vi mulheres xingando como aquelas. Não passava ninguém em branco: o vendedor de cachorro quente, o cobrador do ônibus que quase foi apedrejado, a senhora de bengala... Para aquele pessoal, todo mundo era hipócrita e merecia ser, no mínimo, xingado.
- Filho, não tenho certeza se fiz a coisa certa em deixá-lo ir à manifestação, mas fico contente por você não ter se juntado a nenhum destes grupos. Depois disso imagino que você foi embora, né?
- Não. Demorei um pouco mais para ir embora. Vi um pessoal da igreja.
- Daí você ficou com eles?
- Mais ou menos. Ronaldo, que toca na banda de louvor e adoração, estava junto com o pessoal que não largava das pedras. Fiquei um pouco com ele. Nisso, eu vi a Mariane com os maconheiros...
- A filha do diácono?!?
- Ela mesma. Mas ela não estava fumando. Vi o William também, o seminarista. Só percebi depois que era a namorada dele que parecia uma máquina de xingar, uma bem potente e com muita bateria... Pai? O que foi?
- Nada meu filho, nada.
- Depois disso eu fui embora. Só dei um oi para o pessoal da igreja. Quer dizer, para o Ronaldo e o William, porque a Mariane fingiu que não me viu.
- Fico contente que você esteja bem, meu filho. Mas acho que precisamos conversar um pouco mais. Chame sua mãe, vamos aproveitar esse tempo.

Será que meu filho está pronto para protestar? Será que ele tem sabedoria para fazer isso como é devido? Será que ele saberá escolher com quem deve estar para fazer isso? Quanto meu filho se sente tentado em andar com os que gostam de violência e palavreados? Qual a motivação de meu filho estar naquele meio? São várias as perguntas que, a meu ver, levantam possíveis reflexões sobre a maturidade de meu filho ir fazer algo que, creio eu, todos os cristãos deveriam, seja nas ruas ou não.

A sabedoria o fará andar nos caminhos dos homens de bem
e a manter-se nas veredas dos justos
(Pv 2.20 NVI).

Pai, pense nisso. Minha sugestão? Mostre a seu filho ao vivo e a cores como se manifesta para honra e glória do nome de Jesus Cristo.



terça-feira, 11 de junho de 2013

Cinco simples maneiras de afastar seu filho da igreja



1 – Diante das menores dificuldades, tais como indisposição, chuva, frio, cansaço, não vá aos cultos. Seu filho vai crescer com a ideia de que frequentar as reuniões não é assim tão necessário.

2 – Quando estiver à mesa ou em reuniões familiares, faça comentários e críticas ao ensino e atitude do pastor e dos líderes; assim seu filho crescerá não tendo respeito por eles e nem dando crédito aos seus ensinos.

3 – Cuide para que seu filho cresça num lar que não seja diferente de qualquer outro; afinal, que valor há em aplicar os princípios da Palavra de Deus a todos os aspectos da vida familiar?

4 – Gaste diante da TV ou computador todo o tempo que passa em casa, ao invés de separar parte dele para leitura da Bíblia e oração. Basta orar na hora das refeições. Com certeza o seu filho aprenderá que, assim como orar e estudar a Palavra de Deus não tem valor para você, não deve ser importante para ele.

5 – Comente à vontade a vida de outro membro da igreja diante de seu filho. Depois, ao se encontrar com ele no templo, apresse-se a cumprimenta-lo com sorrisos. Se mais tarde seu filho pensar que a vida cristã é pura hipocrisia e não desejar seguir o mesmo caminho, não estranhe.

Você poderia acrescentar mais algum item a esta lista?

Fonte: Bíblia Ensina