Por Paul David Tripp
Na presença de seu filho adolescente, escutei algo de um pai: “Você sabe como é ir à igreja e saber que todos estão falando sobre seu filho rebelde e orando por ele? Você sabe como é entrar no culto com todos os olhos voltados para você, sabendo que as pessoas ficam pensando no que está acontecendo e se você e sua esposa estão superando?”.
Ele continuou. “Isso não é o que deveria acontecer. Nós procuramos fazer fielmente o que Deus nos chamou a fazer como pais, e olhe só onde acabou! Eu pergunto a mim mesmo, se eu soubesse que tudo acabaria desse jeito, será que teríamos decidido ter filhos? Eu não consigo descrever quão desapontado e envergonhado estou.”
Naquela tarde, com seu filho escutando, aquele pai falou o que muitos pais já sentiram, mas nunca verbalizaram. Nossa tendência é encarar a criação de filhos com expectativas como se tivéssemos garantias inabaláveis. Nós pensamos que se fizermos nossa parte, nossos filhos irão se tornar cidadãos exemplares. Nossa tendência é encarar a criação de filhos com um senso de posse, com um senso de que esses são os nossos filhos e a obediência deles é o nosso direito.
Esses pressupostos pavimentam o caminho para nossa identidade se enrascar em nossos filhos. Começamos a precisar que eles sejam o que eles deveriam ser para que, aí sim, possamos desfrutar de um senso de cumprimento de nosso dever e de sucesso. Começamos a olhar para nossos filhos como nossos troféus ao invés de criaturas de Deus. Secretamente, queremos exibi-los como conquistas de um trabalho bem feito.
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Original: Idol of Success
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